Passados três meses do Relaunch aqui no
país resolvi exercitar meu senso crítico elaborando uma lista dos dez
melhores da primeira leva de títulos que a Panini colocou nas bancas
Brasil afora (ou seria Brasil adentro?).
Como toda lista que se preza (ou nem
tanto assim) essa reflete apenas minha opinião, não tencionando de forma
alguma ser a dona da verdade. Alguns irão concordar, outros
evidentemente discordarão veementemente. Sem mais delongas vamos a
lista:
10 – Tropa dos Lanternas Verdes
– Todos a esta altura sabem que relaunch mudou muito mas não mudou
tudo, a cronologia anterior de Batman e dos Lanternas Verdes ainda vale.
Sendo assim uma vez que Sinestro “tomou” o lugar de Hal Jordan no
título principal da franquia e há tempos Kyle Rayner anda mais sem graça
que caldo de bila, sobrou pra revista TdLV segurar a peteca verde. E os
responsáveis pelo título, Peter J. Tomasi e Fernando Pasarin, imprimem
alta taxa de adrenalina ao título comandado pelos fodões Guy Gardner e
John Stewart. Ótima pra quem busca aventuras bem escritas e
descompromissadas. Dá pra acompanhar a revista sem nóia.
09 – The Flash
– Vou ser sincero: Não gosto do Barry Allen. Cresci lendo o Wally West e
amo as fases escritas por Mark Waid e Geoff Johns. Nos desenhos sempre
fui fã do Scott Kolins. dito isto é fantástico o trabalho da dupla
Francis Manapul e Brian Buccellato com o até ontem antipático e apagado
Barry. Conseguiram dar fôlego novo ao cara, além de apresentar um
casamento perfeito entre roteiro e arte pouco visto nos quadrinhos.Sem
dúvida o Flash foi um dos personagens que melhores ressurgiram do
reboot. Ruim é ter de aguentar a péssima encarnação rebootada do
Arqueiro Verde e o fraco Exterminador na revista do ligeirinho.
08 – Mulher Maravilha
– Sejamos sinceros, qual o último trabalho brilhante com a MM? Nem você
lembra, né? Eu diria a Graphic Novel Hiketeia do Greg Rucka e J.G.
Jones, publicada por aqui no já distante ano de 2003.Pois jogue fora
este seu sentimento noltálgico pois Brian Azzarello e Cliff Chiang
entregaram uma versão atualizada e sem medo de polêmicas. De cara mudam
radicalmente um dos pilares da amazona dando-lhe um pai (e não um
paizinho qualquer e sim Zeus). Acabou-se aquele ideia boba de mulherão
feita de barro(!). Aventuras bem escritas e tramas bem boladas não são
novidade para Azzarello e a arte de Chiang é bastante competente.
Desgraça é que ela veio embalada numa das piores revistas mix de todos
os tempos. É dureza ter de levar pra casa O.M.A.C. Falcões Negros, Sr.
Incrível e o terrivelmente mal repaginado Gavião Negro na revista
caríssima que é Universo DC.
07 – Esquadrão Suicida
– É fácil acertar com um conceito tão bacana quanto o de Esquadrão
Suicida. Cabe a Adam Glass e Federico Dallocchio apenas naõ fazerem
burrada. E eles entregam um gibi tenso e bastante movimentado. Nota 10
para a aventura de estreia. E Aves de Rapina tbm não fazem feio nesta
que é uma das melhores revistas de venda em comic-shop.
06 – Frankenstein, Agente da S.O.M.B.R.A. – A.D.O.R.E.I. o novo título do velho e conhecido monstro. Terror misturado com Ficção científica sempre é no mínimo divertido. Impossível não lembrar do Hellboy (e isto não é ruim pra mim). Ainda somos apresentados ao novo e interessante Ray Palmer. Ruim mesmo só que o gibi já foi descontinuado pela Panini. Espero que retorne nas páginas de Dark. Jeff Lemire mais uma vez acerta no roteiro e Alberto Ponticelli combina sua arte perfeitamente ao clima do gibi.
05 – Eu, O Vampiro
– Cria de J.M. DeMatteis não podia ser ruim. Aqui temos um gibi 100%
com cara de Vertigo.Texto econômico, arte e cores sombrias. Clima de
terror apocaliptico que brevemente vai interagir com outros títulos dão o
tom da série. Golaço de Joshua Hale Fialkov e Andrea Sorrentino a quem
coube a tarefa de levar nas costas a cria do DeMatteis. Eu, O Vampiro
consegue ter vida própria em uma das melhores revistas mix dos Novos 52.
Dark é da hora!
04 – Homem-Animal
– Buddy Baker não poderia voltar em melhores mãos do que pelas de Jaff
Lemire, um fera no bizarro ( leia Sweet Tooth e Frankenstein). Família,
errático e ecologicamente consciente como sempre e afundado em
bizarrices como nunca. Pena que a arte de Travel Foreman não segure a
peteca. Se você tiver que escolher apenas UMA revista mix, que seja
Dark.
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02 – Batman e Robin
– Peter J. Tomasi acerta a mão em cheio na revista da dupla dinâmica ao
explorar e não tentar concorrer com a fase de Grant Morrison e o legado
que ele deixou nas aventuras do Homem-Morcego. A relação entre pai e
filho é muito bem trabalhada em seus conflitos e incertezas. Até Alfred
tem vez neste batgibi.Dialogos inteligentes, um Damien encapetado e uma
arte que não compromete tornam este o segundo melhor gibi da Batfranquia
e uma das melhores coisas de Novos 52. O mix de A Sombra do Morcego
também é ótimo, tormando-a uma excelente opção de compra mesmo ao custo
alto dela.
01 – Batman
– Scott Snyder e Greg Capullo entregam a melhor revista do Morcego
(aproveitaram bem a ausencia temporária de Morrison no Batverse), e uma
das melhores, senão a melhor revista dos Novos 52. Detetivesca como deve
ser um titulo do Morcego. Com ação nos momentos certos. Boa
caracterização dos personagens e um mistério que abalará as estruturas
de Gotham. Completam o mix da revista os bat-títulos Detective Comics e
Batman: The Dark Knight que nem fedem nem cheiram e são super bem
desenhados.
Concordam? Discordam? Deem sua opinião.
Abraço!
Texto publicado originalmente no site Papiro Digital.
Texto publicado originalmente no site Papiro Digital.
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