sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Eu tenho. Você não tem?

Hellblazer – A Cidade Dos Demônios

por Carlos Lenilton (21h40)
Você, como bom nerd leitor de quadrinhos, deve conhecer o mago inglês John Constantine criado pelo também mago, e também inglês, Alan Moore para ser coadjuvante na série de terror e suspense The Saga of Swamp Thing #37, em 1985 nos EUA.

Após lograr boa popularidade tornou-se, junto de Monstro do Pântano e Sandman, de Neil Gaiman, o embrião do selo Vertigo, divisão da DC Comics para quadrinhos adultos. De início os personagens deste selo faziam parte do universo regular, mas depois o Vertigo tornou-se um universo autônomo. O personagem, então, migrou para uma revista própria escrita por Jamie Delano. Hoje é o personagem com o título de maior longevidade do selo e é tão popular que, mesmo após o reinício do universo DC e a consequente volta dos personagens Vertigo para o universo regular, Costantine ainda conserva seu título mensal, independente e inalterado tendo, portanto, duas versões publicadas simultaneamente na editora das lendas.

Possuidor de vasta historiografia e de muitos fatos dignos de nota, tendo sido escrito por alguns dos melhores autores de quadrinhos tais como Jamie Delano, Garth Ennis, Brian Azzarello, Mike Carey dentre outros. Curiosamente, Alan Moore, nunca escreveu um único número de sua revista. Um fato específico, porém, se faz de necessário conhecimento para podermos falar de A Cidade dos Demônios. Trata-se da transfusão de sangue do demônio Nergal que corre nas veias de Constantine, ocorrida no hoje clássico nº 08 de sua revista mensal no ano de 1988 (acontecimento tão antológico para o personagem que ressoa até hoje). Se isso já salvou a vida do mago uma porção de vezes, aqui ela vai causar-lhe uma tremenda dor de cabeça. E não só nele, mas em toda Londres.

Após uma tentativa de assalto, Constantine que consegue reverter a situação usando seus dons sobrenaturais, é atropelado por uma caminhonete. Uma grave lesão em sua cabeça é a consequência imediata. Uma intervenção neurocirúrgica de emergência se faz necessária. Azar dos azares os cirurgiões encarregados da operação percebem, após exames feitos, que o que corre nas veias de Constantine é muito mais do que sangue normal. Há ali um mix de impurezas capazes de matar mais de uma dúzia de homens, afinal estamos falando de sangue demoníaco. Os médicos se apropriam de meio litro desse sangue e tem planos nada saudáveis para a sociedade.

Os médicos M. Young e J. Yorke começam a injetar o sangue do demônio em todos os seus pacientes buscando criar um exército para virar Londres de cabeça pra baixo e assim chamar a atenção de, pasmem, o próprio inferno. Cabe a John Constantine pôr ordem na casa.

Ao ler esse resumo alguém pode até achar a premissa desta minissérie interessante. Poderia mesmo ser nas mãos de um escritor mais habilidoso, porém Si Spencer não o é.

Para você entrar na “brincadeira” de Si Spencer terá que desligar o senso crítico e engolir todas as coincidências mais que convenientes que fazem a trama andar. Senão vejamos:

John é atropelado e vai parar num hospital onde tem que ser operado por dois médicos ocultistas. Outra: ao correr para se esconder da perseguição dos médicos, acaba indo parar, sem querer, no quintal de uma das pessoas transformadas pelo seu sangue e, graças a um aviso de geladeira, “entende” tudo o que se passa. Mais uma: durante sua permanência no hospital, ele fica sob os cuidados de uma enfermeira que, sozinha, descobre tudo que está havendo e bem antes de Constantine. E vai mais além, porém, esse além é um spoiler muito grande para ser entregue. São coincidências convenientes demais numa só estória.
A arte de Sean Murphy é um espetáculo à parte, mas não salva a estória. No final somos presenteados com um conto de Natal de Hellblazer produzido por ninguém menos que Dave Gibbons, mas já é tarde e o conto curto demais para te deixar um sorriso na cara.

Como fã do John Constantine não troco, não vendo e não dou, mas também não vou limpar a poeira.

Serviço:
Roteiro: Si Spencer
Arte: Sean Murphy
Cores: Dave Stewart
Panini Comics
132 Páginas
Nome Original: Hellblazer – City of Demons 1-5 & Vertigo Winter’s Edge #3
Lançamento Original: Dezembro/2010 – Abril/2011 & Janeiro/2000
R$ 18,90

Texto publicado originalmente no site Quadrinhos em Questão.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Eu Tenho. Você não tem?

O Corno Que Sabia Demais e Outras Aventuras de Zózimo Barbosa

por Carlos Lenilton (20h20)
Domingo desses vendo o Fantástico, assisti a uma reprise de “A vida como ela é” baseado na obra do grande Nelson Rodrigues, que se vivo estivesse estaria completando 100 anos de idade.
Acabei por me lembrar de um belo gibi nacional chamado “O Corno que Sabia Demais – E outras aventuras de Zózimo Barbosa” lançado em 2007 pela Pixel Media. A ambientação das aventuras do Zózimo é exatamente o periodo mostrado na série de TV. A homenagem também fica ainda mais explícita na dedicatória do álbum que é endereçada ao próprio Nelson Rodrigues, ao talvez maior comediante da época, Sérgio Porto (o engraçadissimo Stanislaw Ponte Preta) e por último, mas não menos importante, Péricles Maranhão (criador do Amigo da Onça o mais famoso personagem dos quadrinhos brazucas nos anos 40 e 50).
O álbum traz sete estórias curtas engraçadíssimas que nos leva de volta ao mítico Rio de Janeiro capital do país. Aquele Rio que canta de boca escancarada a malandragem como maior qualidade do carioca, do brasileiro talvez, e tal qual na obra de N. Rodrigues, sabe que por trás de toda pretensa santidade esconde-se o amoral e cafajeste seja homem ou mulher. O álbum é divertido e engraçado sim, mas longe de ser infantil, pois temas como morte, violência e adultério permeiam toda a obra.
O condutor de todas as tramas é o detetive particular Zózimo Barbosa, especialista em investigação de casos de adultério. Bonachão, ardiloso e, claro, malandro que só ele. Ao seu lado, coadjuvantes brilham com a mesma intensidade. Bonitão, o malandro que “papa” todas as mulheres casadas em troca de dinheiro e outros favores. O policial Paranhos que tem como lema: “Investigar pra quê? Basta dar umas porradas bem dadas que todos confessam até o que não fizeram”. O perigoso cafetão Vieira que se desmancha em lágrimas tal qual uma viúva quando fica sabendo da morte do então presidente Getúlio Vargas e por aí vai. Isso sem falar dos tipos feminimos quase sempre dispostas a chifrar seus maridos sem muita enrolação. Tudo escrito com impecável linguajar da época. Todas as gírias e termos estão lá… uma maravilha de pesquisa senhores, uma maravilha! Você é realmente transportado para a época.
Parabéns ao roteirista/criador Wander Antunes mais habituado a lançar seus trabalhos fora, na França, do que aqui em seu país. Alguns de seus trabalhos incluem: L’oeiul du Diable, Paradis Distant e Big Bill Est Mort, este último vencedor do Coup de Coeur no Festival de Chambery 2005.
Parabéns aos artistas Gustavo Machado e Paulo Borges que deram vida ao álbum de forma acertadíssima. Roupas, penteados, cenários… tudo redondinho, dando forma e veracidade à época aqui representada.
Aqui em Fortaleza é fácil encontrar este álbum. Espero que na sua cidade também.
SERVIÇO:
Título: O CORNO QUE SABIA DEMAIS E OUTRAS AVENTURAS DE ZÓZIMO BARBOSA (Pixel Media) – Edição especial
Autores: Wander Antunes (texto), Gustavo Machado e Paulo Borges (arte).
Preço: R$ 22,90
Número de páginas: 64
Data de lançamento: Junho de 2007

Texto publicado originalmente no site Quadrinhos em Questão.

Eu tenho. Você não tem?

A Casa ao Lado

por Carlos Lenilton
Diogo Cesar e Pablo Mayer formam uma afinada dupla. Eles lançaram A Casa ao Lado em 2008 e não é nenhum exagero dizer que foi um dos melhores lançamentos dos quadrinhos nacionais daquele ano. Eles entregam uma HQ divertida, simples e direta sem medo de que ela pareça simplória… e é aí onde se encontra o maior mérito da dupla: a despretensão. 
Tudo começa quando um casal de adolescentes invade uma casa abandonada supostamente mal-assombrada. Como se invadir uma casa abandonada já não fosse muita adrenalina! E após serem envoltos em uma neblina misteriosa, somem carregados por um vulto que dela surge. Será que a casa é realmente assombrada por fantasmas?
Na manhã seguinte, o pai do rapaz desaparecido é acordado por insistentes batidas na porta… é a mãe da garota que estava com seu filho. Os diálogos que se seguem são tão mundanos quanto críveis e ao percebermos que Jorge, cujo sobrenome não é revelado, mora em um bairro onde ainda se destacam casas e não prédios, notamos o quanto de veracidade existe no relacionamento entre os personagens secundários que surgem na estória. Todos têm um “causo” a relatar sobre a tal casa mal-assombrada…
O clima é de mistério e a estória guia o leitor em tempo real. Explico: Você descobre as pistas e liga os fatos junto com Jorge, não antes ou depois dele, mas com ele. E isso é um recurso interessante já que aqui temos um investigador amador em busca do seu filho desaparecido, um sujeito normal como eu e você leitor. Nada mais justo que todos termos o mesmo nível de inteligência… bem diferente das estórias de super investigadores, nas quais as peças não fazem sentido, mas eles sempre conseguem acertar.
Pobre Jorge que só queria um fim se semana tranquilo pra curtir seu azar. Recém separado, desempregado, de volta à casa dos pais, já falecidos, e agora tendo que enfrentar pressão da ex-esposa, assédio da vizinha e da imprensa, inoperância da polícia e sumiço do filho… é muita carga pra um sujeito só.
Reviravoltas acontecem em número muito bom, os diálogos vão ficando melhores enquanto a trama e o mistério avançam. O final é bem amarrado e de conclusão que surpreende até o leitor mais antenado.
E tudo casa perfeitamente com a arte. Os traços são simples, caricatos e, graças a Deus, em nada lembram os enlatados americanos. A revista é de um preto e branco contrastando com um verde-limão incomum e que funciona bastante para acentuar o clima tenso de mistério e suspense.
Vale a pena procurar um exemplar em sebos e comic shops.
Serviço:
Título: A CASA AO LADO (HQM Editora) – Edição especial
Autores: Diogo Cesar (texto) e Pablo Mayer (arte).
Preço: R$ 14,90
Número de páginas: 56
Data de lançamento: Maio de 2008

Texto publicado originalmente no site Quadrinhos em Questão. 

Eu tenho. Você não tem?

Mesmo Delivery

por Carlos Lenilton (21h07)
Fazia um calor de rachar naquela manhã em que me pus a caminhar a longa distância entre minha casa e a comic-shop para comprar Mesmo Delivery de Rafael Grampá. Eu queria ser o primeiro a tê-la em mãos ao menos em minha cidade…
Mesmo Delivery foi a estreia solo do brasileiro Rafael Grampá nos quadrinhos, antes disso ele havia participado com outros autores da coletânea “Bang Bang” da editora Devir e da HQ independente “5”. Esta última, inclusive, ganhou a “Eisner Awards” de melhor antologia em 2008. Vale ressaltar que Mesmo Delivery saiu primeiro nos EUA pela AdHouse Books. E isto aqui faz uma enorme diferença. O álbum embora escrito e ilustrado por Grampá foi planejado para o mercado americano, basta prestar atenção as referências pop culturais que permeiam o texto tais como: Elvis Presley, Shazam, Conan e Superman entre outras. Uma boa saída para se publicar fora, onde o mercado é mais forte.

Mas essa estratégia em nada adiantaria se Mesmo Delivery não fosse boa. E ela é.
A história é bem simples: A empresa Mesmo Delivery contrata Rufos, um ex-boxeador, como motorista de caminhão substituto para fazer um mistérioso trabalho. Obrigando-o a aceitar dois termos para a execução do serviço: De NUNCA abrir o contêiner e de ser acompanhado pelo braço direito do dono da empresa: o amoral Sangrecco. Durante o trajeto, Rufos precisa tirar água do joelho e faz uma parada num barzinho de beira de estrada e aí se mete numa violenta briga que revelará que nada é como parece. Qual carga ele transporta e qual o verdadeiro trabalho de seu parceiro?
O que se segue daí é um jorro de sangue e vísceras bem detalhado e sob ângulos bastante incomuns para a maioria dos desenhistas… e é simplesmente espetacular. Grampá tem um estilo caricato ultra-detalhista e super cinematográfico, lembrando mesmo storyboards de filmes, a agilidade que confere à história é tão grande que a leitura se encerra bastante rápida e você já é tomado pela vontade de ler novamente ou ver, tal qual uma filme de ação. A reviravolta do final é digna de filmes de suspense inteligentes e a forma como ela ocorre é genial, a partir de flashbacks. Pena que a capa meio que entregue o que no texto só ocorre lá pelo fim. Sorte que a maioria das pessoas veem capas apenas como belas pin-ups.
Sorte de quem tem este belíssimo trabalho de Rafael Grampá, de história simples e magistralmente bem executada, principalmente pela extraordinária narrativa visual.
Agora voltemos de onde parei no primeiro paragrafo. Ao ter em mãos o álbum, fiz o scan do mesmo e fui o PRIMEIRO a disponibilizá-lo na rede. Consegui, não?! Quase consegui um processo, isso sim. E deletei o link de Mesmo Delivery para todo o sempre. O álbum? Esse não troco, não vendo e, claro, não dou.
SERVIÇO: Título: MESMO DELIVERY (Desiderata) – Edição especial
Autor: Rafael Grampá (texto e arte).
Preço: R$ 39,90
Número de páginas: 56
Data de lançamento: Setembro de 2008

Texto publicado originalmente no site Quadrinhos em Questão. 

Top ten: Os novos 52 no Brasil

Passados três meses do Relaunch aqui no país resolvi exercitar meu senso crítico elaborando uma lista dos dez melhores da primeira leva de títulos que a Panini colocou nas bancas Brasil afora (ou seria Brasil adentro?).
Como toda lista que se preza (ou nem tanto assim) essa reflete apenas minha opinião, não tencionando de forma alguma ser a dona da verdade. Alguns irão concordar, outros evidentemente discordarão veementemente. Sem mais delongas vamos a lista:

10 – Tropa dos Lanternas Verdes – Todos a esta altura sabem que relaunch mudou muito mas não mudou tudo, a cronologia anterior de Batman e dos Lanternas Verdes ainda vale. Sendo assim uma vez que Sinestro “tomou” o lugar de Hal Jordan no título principal da franquia e há tempos Kyle Rayner anda mais sem graça que caldo de bila, sobrou pra revista TdLV segurar a peteca verde. E os responsáveis pelo título, Peter J. Tomasi e Fernando Pasarin, imprimem alta taxa de adrenalina ao título comandado pelos fodões Guy Gardner e John Stewart. Ótima pra quem busca aventuras bem escritas e descompromissadas. Dá pra acompanhar a revista sem nóia.


09 – The Flash – Vou ser sincero: Não gosto do Barry Allen. Cresci lendo o Wally West e amo as fases escritas por Mark Waid e Geoff Johns. Nos desenhos sempre fui fã do Scott Kolins. dito isto é fantástico o trabalho da dupla Francis Manapul e Brian Buccellato com o até ontem antipático e apagado Barry. Conseguiram dar fôlego novo ao cara, além de apresentar um casamento perfeito entre roteiro e arte pouco visto nos quadrinhos.Sem dúvida o Flash foi um dos personagens que melhores ressurgiram do reboot. Ruim é ter de aguentar a péssima encarnação rebootada do Arqueiro Verde e o fraco Exterminador na revista do ligeirinho.


08 – Mulher Maravilha – Sejamos sinceros, qual o último trabalho brilhante com a MM? Nem você lembra, né? Eu diria a Graphic Novel Hiketeia do Greg Rucka e J.G. Jones, publicada por aqui no já distante ano de 2003.Pois jogue fora este seu sentimento noltálgico pois Brian Azzarello e Cliff Chiang entregaram uma versão atualizada e sem medo de polêmicas. De cara mudam radicalmente um dos pilares da amazona dando-lhe um pai (e não um paizinho qualquer e sim Zeus). Acabou-se aquele ideia boba de mulherão feita de barro(!). Aventuras bem escritas e tramas bem boladas não são novidade para Azzarello e a arte de Chiang é bastante competente. Desgraça é que ela veio embalada numa das piores revistas mix de todos os tempos. É dureza ter de levar pra casa O.M.A.C. Falcões Negros, Sr. Incrível e o terrivelmente mal repaginado Gavião Negro na revista caríssima que é Universo DC.


07 – Esquadrão Suicida – É fácil acertar com um conceito tão bacana quanto o de Esquadrão Suicida. Cabe a Adam Glass e Federico Dallocchio apenas naõ fazerem burrada. E eles entregam um gibi tenso e bastante movimentado. Nota 10 para a aventura de estreia. E Aves de Rapina tbm não fazem feio nesta que é uma das melhores revistas de venda em comic-shop.

 

06 – Frankenstein, Agente da S.O.M.B.R.A. – A.D.O.R.E.I. o novo título do velho e conhecido monstro. Terror misturado com Ficção científica sempre é no mínimo divertido. Impossível não lembrar do Hellboy (e isto não é ruim pra mim). Ainda somos apresentados ao novo e interessante Ray Palmer. Ruim mesmo só que o gibi já foi descontinuado pela Panini. Espero que retorne nas páginas de Dark. Jeff Lemire mais uma vez acerta no roteiro e Alberto Ponticelli combina sua arte perfeitamente ao clima do gibi.

05 – Eu, O Vampiro – Cria de J.M. DeMatteis não podia ser ruim. Aqui temos um gibi 100% com cara de Vertigo.Texto econômico, arte e cores sombrias. Clima de terror apocaliptico que brevemente vai interagir com outros títulos dão o tom da série. Golaço de Joshua Hale Fialkov e Andrea Sorrentino a quem coube a tarefa de levar nas costas a cria do DeMatteis. Eu, O Vampiro consegue ter vida própria em uma das melhores revistas mix dos Novos 52. Dark é da hora!



04 – Homem-Animal – Buddy Baker não poderia voltar em melhores mãos do que pelas de Jaff Lemire, um fera no bizarro ( leia Sweet Tooth e Frankenstein). Família, errático e ecologicamente consciente como sempre e afundado em bizarrices como nunca. Pena que a arte de Travel Foreman não segure a peteca. Se você tiver que escolher apenas UMA revista mix, que seja Dark.




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03 – Action Comics – Não acredito que ainda tem gente que discute o talento de Grant Morrison. Que leiam sua releitura do Homem do Amanhã. Fresca (no bom sentido) e ao mesmo tempo nostalgica pois resgata a aura dos gibis da dupla criadora, Jerry Siegel e Joe Shuster, com um Superman ainda sem tantos poderes, mais populista e fazendo justiça sem tanto respeito as leis. Nada de “escoteiro azulão” aqui. A arte de Rags Morales ajuda a criar o clima de “Deja vú” dos anos 30/40. Superman de George Peréz mantem o pique e torna a revista do Homem de Aço uma boa pedida mesmo tendo a insossa Supergirl em suas páginas.


02 – Batman e Robin – Peter J. Tomasi acerta a mão em cheio na revista da dupla dinâmica ao explorar e não tentar concorrer com a fase de Grant Morrison e o legado que ele deixou nas aventuras do Homem-Morcego. A relação entre pai e filho é muito bem trabalhada em seus conflitos e incertezas. Até Alfred tem vez neste batgibi.Dialogos inteligentes, um Damien encapetado e uma arte que não compromete tornam este o segundo melhor gibi da Batfranquia e uma das melhores coisas de Novos 52. O mix de A Sombra do Morcego também é ótimo, tormando-a uma excelente opção de compra mesmo ao custo alto dela.


01 – Batman – Scott Snyder e Greg Capullo entregam a melhor revista do Morcego (aproveitaram bem a ausencia temporária de Morrison no Batverse), e uma das melhores, senão a melhor revista dos Novos 52. Detetivesca como deve ser um titulo do Morcego. Com ação nos momentos certos. Boa caracterização dos personagens e um mistério que abalará as estruturas de Gotham. Completam o mix da revista os bat-títulos Detective Comics e Batman: The Dark Knight que nem fedem nem cheiram e são super bem desenhados.
 

Concordam? Discordam? Deem sua opinião.
Abraço!

Texto publicado originalmente no site Papiro Digital.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

CD - The Music of DC Comics: 75th Anniversary Collection

A coletânea, que celebra os 75 anos da DC Comics, apresenta 27 músicas representando desde a primeira animação do Superman (produzida em 1941 por Max Fleisher), passando pelo seriado do Batman estrelado por Adam West em 1966, até os desenhos animados dos anos 2000, como os da Liga da Justiça e do Lanterna Verde, sem esquecer Theme from Superman, a trilha sonora feita por John Williams para o primeiro longa-metragem do Homem de Aço